Se você é um ser humano normal, a probabilidade de reconhecer essas mulheres usando toucas-ninja coloridas aí em cima é mínima. Acertei...

Pussy Riot: balaclavas coloridas, vermelho e ativismo

   Se você é um ser humano normal, a probabilidade de reconhecer essas mulheres usando toucas-ninja coloridas aí em cima é mínima. Acertei?! Nunca ouviu falar delas?! Sem problemas!
  O Pussy Riot é um grupo punk-rock feminista russo (isso mesmo, russo!) conhecido por suas letras politicamente carregadas e pelos irreverentes atos ativistas. Uma das mais recentes polêmicas envolvendo a banda ocorreu no final da Copa do Mundo de 2018, quando quatro ativistas entraram no campo durante o jogo entre França e Croácia. Para saber mais sobre o episódio e sobre a agitada história do grupo, clique aqui.
  Lutando pelos direitos das mulheres, pelas liberdades políticas e declarando abertamente sua oposição aos governos de Vladmir Puttin, Donald Trump e Jair Bolsonaro, o Pussy Riot tem como uma das características principais a influência do punk e pelo pós-techno.
  Assim como o movimento punk, criado nos anos 70, a banda faz uso de uma dinâmica paleta de cores, composta por rosas fluorescentes, amarelos Day-Glo, azuis elétricos e muito vermelho. A estética colorida faz parte da técnica de guerrilha urbana usada pelo grupo e ajudou as balaclavas (toucas-ninja) a se tornarem sua grande marca-registrada. Usadas em todas as apresentações musicais e até em algumas entrevistas, as toucas são
igualmente variadas, completando a estratégia cromática que chama ainda mais antenção para os atos audaciosos das ativistas. 


À esquerda, Nadya Tolokonnikova, vocalista do Pussy Riot, fala em entrevista: "Quando eu coloco minha máscara, me sinto como uma pessoa que pode fazer tudo."


Além do uso das cores na construção do visual, as fontes - de maioria Display - usadas nos materiais de divulgação e lyric videos do grupo também complementam a estética agressiva e contestadora.

Outro aspecto marcante na aparência da banda - e também advinda do movimento punk - é o amplo uso da cor vermelha.
Trecho do videoclipe da música "Organs"
Seja nas capas das músicas - como nas imagens acima -, ou nos videoclipes, a cor é amplamente explorada, podendo ter diversas interpretações e significados.    Simbolizando poder, perigo, sexualidade, força, vitalidade e até violência, as imagens tingidas de escarlate ajudam as musicistas militantes a passarem sua mensagem de luta constante pelo empoderamento e liberdade feminina, além de - mais uma vez -,
Trecho do videoclipe da música "CHAIKA"
trazer perplexidade ao público.
 O vermelho - assim como o roxo e o rosa - é uma das cores mais utilizadas em protestos feministas, simbolizando a quebra da visão do sexo feminino como "frágil". Clique aqui para ler mais sobre o vermelho no movimento feminista.

Além do aspecto visual, o Pussy Riot também carrega alguns aspectos do punk em suas músicas. Formado no começo da década, a banda teve uma evolução de qualidade musical inegável desde o início de sua atividade. Nesse link você pode conferir uma playlist especial feita com as melhores músicas do grupo (a maioria delas em língua inglesa). Mas, ouça com a mente aberta, viu? O som diferente também faz parte da proposta de luta da banda! Por aqui, eu deixo minha música favorita pra vocês conhecerem e pra espalhar a palavra do Pussy Riot:

Ficou interessade em saber mais? Clicando aqui você pode seguir a página do grupo do Instagram, e aqui, o perfil da vocalista. :)



Fontes:
1. PRINTI. Psicologia das cores: você sabia que cada cor pode alterar sua percepção? Disponível em: https://www.printi.com.br/blog/psicologia-das-cores-voce-sabia-que-cada-cor-pode-alterar-sua-percepcao. Acesso em: 26 jun. 2019
2. DEADLINES. A Estética Punk e Seus Desdobramentos no Design Grágico. Disponível em: https://medium.com/deadlines/estetica-punk-e-design-grafico-6ff1e1565b38 Acesso em: 26 jun. 2019.
3. NEILPATEL. Tipografia: O Que É e Melhores Tipos de Letras e Fontes Para Design. Disponível em: https://neilpatel.com/br/blog/tipografia/  Acesso em: 26 jun. 2019.          
4. CASTRO, Kedma Lima de; CASTRO, Jetur Lima de; OLIVEIRA, Alessandra Nunes de. A moda como objeto de informação: o caso do Movimento Feminista Punk Riot Grrrl. 2015. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/atoz/rt/printerFriendly/41762/26063. Acesso em: 26 jun. 2019.

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