ATENÇÃO: Esqueçam o conservadorismo para ler essa análise desse hino de filme.
O filme Azul é a cor mais quente (La Vie d'Adèle, de 2017), dirigido por Abdellatif Kechiche narra o relacionamento entre duas jovens: Adèle, com 15 anos, e Emma, mais velha que estuda artes.
A cor azul está presente em todas as cenas, pelo menos em um detalhe, seja na roupa ou no cabelo de Emma. O azul faz alusão à "A liberdade é azul", que traz memórias da Revolução Francesa.
O filme é sobre isso, sobre autoconhecimento, liberdade e curiosidade, seja sexual ou emocional. Adèle, inocente em períod de descobertas, amadurecimento. Enquanto Emma sabe o que quer e é segura de si.
O filme é inspirado nos quadrinhos de mesmo nome, de Julie March que remete ao existencialismo satreano. Filme erótico e minucioso, mostra uma perspectiva libertária através do desejo das jovens. Deixando claro a confusão da garota mais nova, não há heroína, só incertezas nessa trama.
Embora a ideia do filme seja realmente poética, o diretor explorou mais o lado sexual dos quadrinhos, a primeira cena de sexo teve duração de 7 minutos. Kechiche foi acusado de abuso pelas atrize e a autora dos quadrinhos afirma ter sido impedida de acompanhar a gravação do longa.
Mas ao fim, azul é a cor mais quente e libertária.
Espero que tenham gostado, porque eu achei super poético a ideia do azul.
Beijinhos gente!
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